Roubaram a Amália…

É verdade, depois de um enorme esforço da autarquia para ter a obra pronta no dia da República, escolhendo uma personagem símbolo deste modelo democrático, tendo os operários passado noites inteiras a trabalhar para terminar… roubaram a Amália!

Quem passou na rotunda da República no fim de semana de 23/24 de Outubro, deparou-se com o cenário desolador da ausência do busto da enorme cantora.

Os turistas, neste fim de semana já não podem fazer o percurso completo: Cavalos sem pernas, Relógio d’água, mercearia da rosinha (ou lá como se chamava…), busto da República com cara de Amália…

De facto, continua-se a trabalhar para as encenações! Não se compreende que uma obra que demora um ano a ser feita, seja preciso acabá-la à pressa!

Não há dúvidas que o que foi feito, está muito bonito! Felizmente, as últimas intervenções na vila, tem sido interessantes, nomeadamente o passeio pedestre junto ao Vez.

O que é incompreensível, é o prazo da execução das obras. Há vários exemplos, mas este é um que é paradigmático. Um ano para fazer uma avenida com, no máximo, 500m. E esse prazo só foi cumprido porque, quando se aproximou o 5 de Outubro, os trabalhos redobraram!

Depois acontecem coisas como estas… o busto, que pode ser discutível a sua concepção, mas não é isso que aqui interessa, teve de ser retirado umas semanas depois de lá colocado!

Pode-se dizer que isto é normal em Portugal… mas não deveria ser! Todos se lembram das 3 inaugurações da ponte das pedrosas. Muita gente ouviu falar das obras do Porto Capital da Cultura, fechadas para a inauguração e recomeçadas no dia seguinte. Também as obras da Expo… já tinha aberto e ainda não tinham acabado as obras. Exemplos, há muitos… mas já estava na altura de os governantes exigirem dos construtores o cumprimento dos prazos.

Não vamos sair desta crise, enquanto a “coisa” pública não for tratada com a mesma exigência e responsabilidade com que fazemos a “coisa” privada.

AA

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